Mas para esse momento ocorrer alguém teve que recuperar a posse de bola, jogar em equipa não é só no ataque, pois a identidade e entreajuda de um grupo tem de vir ao de cima principalmente no processo defensivo. É uma tarefa ingrata por vezes, não sendo justamente premiada com muitos aplausos, mas os jogadores têm de perceber a importância no cumprimento destas acções em prol do colectivo.
O treino defensivo é tão ou mais importante do que a finalização e dizem os livros “que as equipas se constroem de trás para a frente”...e normalmente o melhor defensor da equipa tem lugar nos titulares. Em alguns desportos (andebol, raguebi, entre outros) existem até especialistas na defesa que só jogam quando a equipa defende, como no futebol as substuições são limitadas cabe a todos esta tarefa.
A missão de defender provoca acções e jogadas pouco espectaculares mas essenciais para o sucesso colectivo...
Já todos vimos, Liedson a interceptar bolas pressionando os defesas adversários provando que os avançados, podem e devem ser os primeiros defesas da equipa. Encurtando espaços, estes elementos procurando provocar erros aos adversários em busca da preciosa posse de bola que sem a mesma não podemos construir e concretizar golos.
São fundamentais, mas alguém se recorda de grandes cortes ou desarmes na história do futebol?
O corte, tem como intenção aniquilar a jogada adversária, no desarme há também a ideia de depois sair a jogar. Cada gesto pede intensidades diferentes ao nível da abordagem a cada lance (espaço, bola e o seu portador). Muitas equipas têm dificuldade em gerir estas diferentes atitudes, o comum é cairem em cima da bola sempre em grande intensidade o que nem sempre é o mais indicado.
As equipas mais inteligentes e eficazes no processo defensivo, são as que nas devidas alturas enquadram o seu posicionamento em função da circulação adversária, tapando-lhes a progressão, onde nem sempre a prioridade é ganhar a posse de bola. Há casos em que o mais indicado é forçar o adversário a lateralizar o jogo, como por exemplo quando a bola entra num espaço frontal e entre ela e a baliza já só existe a linha defensiva.
Defender bem permite atacar mais vezes e estar mais perto das vitórias, foi assim no Mundial de 2006 com a Itália no nosso Euro 2004 com a Grécia...
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